Um final de semana para ficar marcado, o dia em que o velho estádio Mario Filho, o outrora "maior do mundo", foi substituído por um estádio na medida dos interesses mercadológicos no futebol. Os preços dos ingressos deixam de fora o povão, só entra da classe média para cima, e não é da classe média inventada recentemente, falo de classe média de verdade, aquela que fica situada entre o proletariado e a burguesia, com renda de cinco mil pra cima.
Quem pode gastar numa ida ao futebol uma média de R$ 200,00, isto se for sozinho, porque, levando a família a brincadeira vai consumir o valor em torno de um salário mínimo. O torcedor vai optar pela tv do bar da esquina, tomar uma gelada e comer um espetinho, sai por R$ 10,00, assim cabe no orçamento do povão.
Na partida que "reabriu" o Maracanã, Brasil e Inglaterra, vimos um público bem diferente dos grandes classicos de outrora, em vez da saudável misturada, observamos um pessoal bem homogeneo, tipo shopping da barra ou coisa parecida.
Depois da Copa das Confederações os amigos e financiadores do Cabral vão tomar conta do estádio construído com dinheiro público, bota dinheiro público nisso, afinal, eles tem que faturar não é mesmo?
Da minha parte, quando quiser matar a saudade de um futebol ao vivo, bem de pertinho, eu vou até a rua Bariri ou dou um pulinho no campo do Bonsucesso. No mais, é gelada e espetinho no bar com os amigos.
Antenor Bola Fora
O Rio de Janeiro é muito mais que a sua faixa litorânea, o sertão carioca abriga a maioria da população da cidade, mas sempre foi relegado a segundo plano pelos governantes. A Folha Suburbana, um Blog sem fins comerciais, quer abrir uma pequena trincheira de luta, em defesa dos subúrbios cariocas, de sua gente trabalhadora, dos que lutam diariamente pela sobrevivência, apesar dos pesares, apesar do tal "mercado", apesar dos governantes a serviço desse tal mercado.
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